As cinebiografias estão
bombando nos cinemas nesse segundo semestre de 2013. Em breve entrará
em cartaz a história de Lady Di, a princesa mais amada do mundo. E
atualmente estão em exibição nas telonas quatro filmes que contam a
trajetória real de personalidades marcantes, mas bem diferentes
entre si. São eles: JOBS (cuja crítica você confere clicando aqui!), Lovelace, Flores Raras e Rush – No Limite da Emoção. E é sobre esse último que
falarei agora.
Falando francamente, se
existe alguém mais aversivo à esportes, esse alguém sou eu. Não,
eu não me orgulho disso, mas é a verdade. Sendo assim, parece
evidente que corridas de Fórmula 1 me atraiam tanto quanto abraçar
um porco espinho. Não é um esporte bonito de se ver como uma
partida de futebol, basquete, vôlei ou qualquer jogo com bola. Me
parece banal e extremamente perigoso, portanto, um esporte estúpido.
Posto isso, é desnecessário dizer que se eu não tivesse ganhado os
ingressos para este filme, que gira única e exclusivamente em torno
das corridas de Fórmula 1, jamais iria assistí-lo no cinema.
Pois fui e, devo
admitir, não me arrependi. O filme, que narra a história real dos
automobilistas e rivais nas pistas James Hunt e Niki Lauda, é
incrivelmente bom. Digo incrivelmente porque fui com uma certa má
vontade e me surpreendi positivamente, a ponto de começar a olhar
com outros olhos o esporte que, se já não me chamava muito a atenção
nos tempos de Senna, após sua morte virou um lixo pra mim.
Rush – No Limite da Emoção vale muita a pena! Nos 123 minutos de história, você
fica completamente absorvido pela emoção mesmo, a sua e a dos
personagens.
Entre 1971 e 1979, James
Hunt e Niki Lauda eram ferrenhos rivais nas pistas de corrida e vemos
na tela a assídua competição entre os corredores, respectivamente, britânico e
austríaco, de personalidades completamente opostas e
profundamente fascinantes. Cada qual, com seu estilo de vida e formas
de pensar bem diferentes, nos ensina uma lição. A história narrada
por Lauda nos apresenta os motivos que cada um tinham pra seguir essa
profissão de risco, seus amores, seus medos, seus pontos fracos e
também explica um pouco desse mundo automobilístico, o
funcionamento das máquinas, as pontuações e os acordos tácitos em
reuniões de cúpula.
Rush – No Limite da Emoção é um filme sobre dois grandes homens, dois
verdadeiros heróis naquilo que se propuseram a fazer de corpo e
alma. Um que queria viver a vida intensamente, amar muitas mulheres,
sorver o que de melhor o mundo tinha a lhe dar, velozmente, como se
vivesse numa pista de corrida. O outro mais centrado, disciplinado,
sempre calculando seus passos e agindo meticulosamente, dentro de um
casamento sólido, achava que a “felicidade é inimiga”, pois
quando estamos felizes ficamos fracos, vulneráveis e dependentes
desse sentimento.
Um filme construído em
cima de grandes e belíssimos diálogos, interpretado de forma
magistral por um elenco de lindas mulheres (Olívia Wilde / Suzy
Miller / Alexandra Maria Lara / Marlene Knaus); um inspirado Chris
Hemsworth, como o irresistível James Hunt (que olhos, meu Deus!); e um
fenomenal Daniel Brül encarnando o fantástico Niki Lauda. Tudo
arrematado pela direção impecável de Ron Howard que nos faz
refletir, emocionar e deixa uma perguntinha retumbando em nossa
mente quando as luzes se acendem: O que nos move a lutar por nossos
objetivos?
Ao término da sessão, é impossível não desejar profundamente um filme sobre a vida de Senna. E aquele projeto do Antonio Banderas, minha gente, que fim levou? Tá certo que ele já tá velhinho pro papel, mas podia dirigir o Santoro ou o Wagner Moura , não é? O que acham?
Iiih, divaguei e já falei demais.
Resumindo tudo, vá assistir Rush – No Limite da Emoção. Já!
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Esdras Bailone: leonino, romântico, sonhador, estudante de letras, gaúcho de São Paulo, apaixonado-louco pelas artes e pelas gentes.
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Um comentário:
Muito bom parabéns!
http://valdeirvieira.com/empreendimentos/
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