Confesso: Fui ao cinema sem a menor vontade de ver Serra Pelada. Achei que fosse um filme chato, sem graça e estrelado por gente sem talento. A verdade é que não li nada sobre o filme antes de ir, sabia apenas que se tratava de um filme sobre Serra Pelada e a febre do ouro. Algo sobre o qual lembro ter ouvido falar na infância. Então, entrei no cinema disposta a dormir e comer pipoca (não necessariamente nessa ordem).
E exatamente por isso o filme me surpreendeu. Muito. A direção de arte é tão sensacional que não teve como não ficar boquiaberta com a remontagem de Serra Pelada, com o formigueiro humano. Não tive como não me transportar pra aquela realidade, viver e sofrer com eles a cada cena.

Interpretado por Júlio Andrade, Joaquim é um professor recém demitido, casado, com sua esposa grávida, que decide ir a Serra Pelada em busca de ouro; seu sonho é ficar rico. Junto com ele, vai Juliano - interpretado por Juliano Cazarré. Juliano não está tão interessado no dinheiro, ou melhor, ele não está interessado apenas no dinheiro, mas também no poder.
O roteiro, do também diretor Heitor Dhalia, foi bem escrito, apesar do final ter sido muito de conto de fadas - tudo bem que não daria pra transformar Serra Pelada em conto de fadas nem com muito esforço. A quantidade de gente que morria, das formas mais banais possíveis, tornou evidente como a vida tornava-se secundária diante da ganância e o filme conseguiu mostrar bem isso, mas sem se tornar pesado e deprimente, ao contrário, o filme, na maior parte do tempo, é divertido.
O roteiro, do também diretor Heitor Dhalia, foi bem escrito, apesar do final ter sido muito de conto de fadas - tudo bem que não daria pra transformar Serra Pelada em conto de fadas nem com muito esforço. A quantidade de gente que morria, das formas mais banais possíveis, tornou evidente como a vida tornava-se secundária diante da ganância e o filme conseguiu mostrar bem isso, mas sem se tornar pesado e deprimente, ao contrário, o filme, na maior parte do tempo, é divertido.
Os atores corresponderam, todos estão bem em seus papéis, desde o veterano e amado Matheus Nachtergaele, até Juliano Cazarré, Júlio Andrade e, pasmem, Sophie Charlotte. Mas... Vamos falar de Lindo Rico? Ou melhor, de Wagner Moura? Irretocável. Impressionante como o ator consegue se reinventar a cada papel e cada vez ser melhor e, sim, eu ficava contando os minutos pra que ele aparecesse novamente, porque ele roubava a cena.
Enfim, Serra Pelada é divertimento certo pra quem quer conhecer um pouco do lugar que piorava as pessoas, desfrutar de uma direção de arte impecável, um roteiro inteligente e boas atuações.
Enfim, Serra Pelada é divertimento certo pra quem quer conhecer um pouco do lugar que piorava as pessoas, desfrutar de uma direção de arte impecável, um roteiro inteligente e boas atuações.
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